Estou exausta… exausta mesmo…
Tão exausta que chego a sonhar que estou numa bolha
Sim?! Numa bolha…
Numa bolha o silêncio impera… e reina a paz…
Numa bolha o mundo pára
Nem que seja por um momento
Já que o relógio deixa de contar o tempo…
Numa bolha posso sorrir… chorar… calar ou até sonhar…
Numa bolha posso ser o que quiser
Pelo tempo que me apetecer
Até porque o tempo deixa de correr…
Estou exausta… exausta mesmo…
Exausta de um mundo redondo… que de tão parvo que é
…chega a parecer quadrado
Um mundo cheio de coisas simples... que deviam ser sempre simples
Mas logo se tornam tão complexas…
Estou exausta… exausta mesmo…
Exausta de pessoas que valorizam coisas sem importância
Coisas mínimas das quais nem vale a pena estar a falar
Coisas que quando acontecem… se tornam logo passado e lá deveriam ficar…
Exausta de pessoas que não vêem as coisas grandes… só porque são “pequenas”
Aquelas coisas que poucos dão valor…
Aquelas muitas coisas pequenas… que marcam os muitos pequenos momentos
Aquelas que dão o verdadeiro sentido ao AMOR…
Estou exausta…
Exausta de um mundo que não pára p’ra “ver”
Que não pára p’ra “ser”...
Quero a “bolha”…
A “bolha” onde o relógio pára de contar o tempo
Onde deixo de estar exausta por um momento…
texto e foto por Isabel Reis
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