quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Farol em porto de abrigo...

Tu és…
És dia na noite nesta vida que não queria
És guia neste caminho que antes não percorria
És raio de luz que rompe forte na escuridão
És braço que estendes, que agarras a minha mão.

Tu és…
És em noite de tempestade o farol
Que pelo negro da noite me conduz
No brilho do dia o calor do sol
Que num toque me excita e seduz.

Sim és … tu és o meu farol
Tu és luz que me guia tão firmemente
Que me ensina a caminhar novamente
Que me aquece o sangue nas veias
Que me devolve o sabor da vida
Que me faz caminhar de cabeça erguida.

Eu…
Eu sou o teu porto de abrigo
Sussurras-me levemente
Quem te abraça sem estar contigo
Quem te ama sem estar presente.

Eu…
Eu sou aquela que já te conhecia
Aquela que já te sentia
Aquela que já te esperava
Aquela que já te amava…

A mim salta-me o coração no peito
Quando um sorriso em ti faço nascer
Vibro de paixão em nosso leito
Sinto meu sangue ferver.

Tu… tu és farol
És alma que renasce por fim
No desejo de me ver feliz…

Eu sou… sou porto de abrigo
Sou vida que vive por fim
Que chegou ao destino que sempre quis.


Por Isabel Reis in "Confidências no colo da lua" - corpos editora/junho 2009
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