sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sinfonia do Amor

Queres dançar comigo? Acompanhar-me nesta dança sem música? Acompanhar o meu corpo sem coreografia pré-concebida… marcar o ritmo ao ritmo que formos deslizando, embalados ao som da música que for nascendo dentro de nós… Queres mesmo? Então vem. Vem que eu cá te espero… vem antes que comece sem ti e depois já não me consigas apanhar.

Vem… vem escrever comigo uma música nova, desenhar cada nota com delicadeza de pintor e paixão de maestro… vem comigo escrever as notas do amor… Reescrever essa sinfonia que nasceu ninguém sabe quando, ou como… reescrever a sinfonia que sobrevive ao passar do tempo, das eras e gerações… reescrever a sinfonia que nasce em nós e para nós.

Na sinfonia do amor quero conduzir e ser conduzida… quero ouvir e ser ouvida… quero dançar e cantar, quero amar e ser amada. Esta é uma sinfonia que todos conhecem, que já todos ouviram falar, mas poucos são aqueles que sabem como a terminar… Neste bailado, embalado ao sabor do tempo, marcado ao ritmo do momento, muitos são os que tem receio de nele entrar, mas uma certeza existe, não existe ninguém que não queira participar. Porque no fundo, no fundo, é uma sinfonia que todos sentimos, que todos ouvimos, que todos sonhamos tocar, que todos sonhamos inventar.

Vou portanto calçar o sapato de verniz, vestir a saia de roda, soltar o cabelo ao vento… deixar-te prender-lhe aquela flor, aquela que o meu coração anseia. Vou e vou sair por aí de mão dada a ti, deixando-me levar ao teu sabor, levar-te no meu amor, guiar-me através da tua mão em direcção ao pôr-do-sol, em busca da lua e das estrelas… para nelas reescrevermos juntos… A Sinfonia do Amor.


por Isabel Reis
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