quarta-feira, 5 de maio de 2010

Encontro

No rescaldo deste nosso encontro que não sendo encontro acabou por ser… ainda te sinto bem aqui junto a mim mesmo sem teres estado, ainda te sinto tocar-me mesmo quando não o fizeste, ainda te sinto beijar-me mesmo que o gosto do teu beijo me seja desconhecido… Na paixão desta minha urgência em te conhecer, descubro um mundo novo que até aí desconhecia… é bom conhecer-te cada dia um pouco mais… sempre que estamos juntos mesmo à distancia… é sempre um dia com algo novo que vale a pena sentir/descobrir, é sempre um dia que me fica no registo de memórias a guardar.

Deixo-me ir neste emaranhado de sensações novas, deixo-me levar na onda de uma maré diferente, tão diferente como todas são… nenhuma onda é igual à anterior… assim como nenhuma delas nos toca do mesmo jeito. Deixo-me ir e descubro-me a mim uma outra vez… em cada instante que te vou descobrindo a ti… gosto do que te encontro, assim como gosto do que vou encontrando em mim… Gosto de ti por muitas coisas, nomeadamente essa tua franqueza e genuidade que me arrebatam os sentidos, mas no fundo, no fundo eu confesso que não sei… se gosto assim de ti por seres como és, ou se gosto ainda mais pelo tanto de ti que desperta/compreende o muito que vai em mim.

Assim neste nosso encontro que não sendo encontro acabou por ser… estendo-te a mão de longe e deixo-me ir… deixo o sangue correr-me desenfreado nas veias… deixo o coração bater a mil ao som da tua voz… ao som dessa tua gargalhada franca com vontade… deixo a lembrança do teu olhar, do brilho desse teu sorriso envolver a minha noite… os meus sonhos… e eu sonho ver-te uma outra vez, mas enquanto essa vez não chega vou sonhando… vou bebendo de ti o que ao de longe vais deixando… vou saciando essa tua sede… enquanto a minha sede vou sufocando.


por Isabel Reis
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