domingo, 4 de dezembro de 2011

Migalhas de Amor...


Migalhas de amor vadio
Amor frio… escorregadio…

Migalhas de amor pequeno
Amor cruel… amor veneno…

Migalhas de amor corrido
Amor falso… amor sabido…

Migalhas de um amor torto
Migalhas de um amor que ao nascer…
…já nasceu morto…


texto por Isabel Reis
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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pensamentos da Lua...

Existem momentos tão únicos que valem por uma vida inteira... e vidas inteiras que se perdem por momentos tão pobres e banais...

por Isabel Reis
todos os direitos reservados

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

No silêncio dessas tuas mãos...

No silêncio dessas tuas mãos
Eu me “começo” e me reencontro
Enquanto sons mudos me passeiam o corpo
…formando palavras…
Constroem diálogos sem fim à vista
e dobram o tempo uma e outra vez…
Como se a cada uma fosse a última… e a primeira…
Como se o mundo nada mais fosse que aquele momento…

No respirar que me toca o corpo
Eternizo um encantamento
Em sílabas e ditongos de palavras muitas
Em adjectivos que nem conheço
Em metáforas que nunca me ouvi…
“Despejo” tudo quase em transe
Num rebolar de olhos tresloucados
Grito suspiros de prazer alucinados
Transpiro exageros tão desejados…

No silêncio dessas tuas mãos…
…dessas tuas mãos que tanto me “falam”…
…que tanto me fazem “falar”…
É no silêncio dessas tuas mãos
Que toda eu me quero “acabar”…



texto por Isabel Reis
foto por Conceição Maia (http://facebook.com/conceicaomaiafotosevideos)
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domingo, 30 de outubro de 2011

Enquanto não estás...

Conto as estrelas enquanto não estás
As nossas estrelas…
Aquelas onde nos perdemos dias sem fim
Aquelas que me levaram a ti e te trouxeram a mim…
Conto as estrelas enquanto não estás
Só para voltar a sonhar…
…e sonho…
Sonho com o toque do teu olhar
Sonho com o beijo das tuas mãos
Sonho com a cadência do teu respirar junto a mim…
…sonho…
Sonho com as noites em que nos pertencemos
Os momentos em que nos percorremos
As loucuras em que nos perdemos…

Conto as estrelas enquanto não estás
Conto-as para não contar as horas
Já que gastei o relógio de tanto o contar
Gastei-lhe segundos e micro-segundos
Nada mais resta… ou será que sim?!
Afinal o tempo como o amor…
…é infinito…
Continua a marcar o compasso…
…e eu…
…eu trago um relógio no coração a marcar passo...
…a marcar passo e a contar as estrelas…
…as estrelas que contas comigo…
…as estrelas que nos servem de abrigo…


texto por Isabel Reis
foto por Filipe Carmo
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sábado, 22 de outubro de 2011

Pensamentos da Lua

Quem corre atrás dos seus sonhos, um dia chega ao destino.


por Isabel Reis
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Pensamentos da Lua

No amor... estamos sempre à distância de um pensamento...


por Isabel Reis
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Corpo Presente...

Porque teimam as pessoas em continuar a dar valor ao que não tem valor algum?!
Porque teimam em continuar a esquecer a fragilidade da vida?! A capacidade incrível que tem de mudar numa fracção de segundos... Como agora estamos aqui, mas apenas a um passo de deixar de estar… como ao abraçar alguém que amamos, facilmente nos esquecemos de o abraçar com todo o amor que temos… nunca saberemos quando será o próximo abraço…

Porque teimam em esconder o que sentem sob máscaras de indiferença, julgando que assim estão a ser fortes?! Em vez de tomarem consciência que a coragem reside mesmo no assumirem aquilo que realmente sentem, o que realmente pensam...

No meio dessas máscaras e da tal suposta coragem, vão deixando passar os momentos quando o que mais querem é agarra-los… vêem as pessoas ir embora quando por dentro o coração grita e suplica que fiquem, vão embora quando o que mais querem é ficar… sorriem, quando tudo o querem… é baixar a guarda e chorar... “gelam” e distanciam-se quando tudo o que querem é dar largas aos sentidos e amar… E nesse “jogo” insano vão vendo a vida escorrer entre os dedos qual grãos de areia insípidos e porquê? P’ra quê? Vá-se lá saber, o ser humano de tão complexo chega a ser absurdo...

Dizem que “é arriscado, que podem sofrer… que nunca se sabe o que pode acontecer…” mas viver é um risco?! E arriscar é viver... quem não arrisca não sorri... não ama, não ri, não chora, não quebra, não cola, não vibra, não sente... quem não arrisca não chega a ser “gente”… não passa apenas de um corpo presente.

texto por Isabel Reis
foto por Pedro Sarmento
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sábado, 8 de outubro de 2011

Alma de menino

alma de menino/homem
preso num corpo de homem/criança
com esse olhar doce/travesso
circulas pelo mundo
e tudo à volta dança…
dança pela alegria
que trazes com o teu viver
sorri pela fantasia
de ao teu lado crescer…

fantasia que a vida
vai ser só sorrir
porque a gargalhada da tua alma
ouve-se muito antes da tua chegada…
porque a falta do teu corpo
não é sinónimo da tua ausência
porque a vida que trazes contigo
traz a pureza da inocência
o encanto de uma criança
e a certeza do teu coração
vê-se no brilho do teu olhar
no jeito com que agarras o mundo
com que vives o dia-a-dia…

nesta vida de obstáculos
cruzamentos e limites
não percas então no caminho
o que de melhor trazes contigo
o dom que a vida te deu
o dom que a vida nos dá
mas que teimamos em deixar para trás
ao qual teimamos em fugir
mas que é um bem precioso
que quando vai não volta a surgir…

falo de um dom
tão único quanto o amor
o dom de ser criança
de encher o mundo de luz e cor…

luz que trazes no olhar
e no sorriso de menino
cor que trazes no encanto
de ser um homem/ menino…


texto por Isabel Reis
in Delírios de uma alma encontrada - corpos editora/2008
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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pensamentos da Lua...

O amor é feito de pequenos inesperados detalhes, naqueles inesperados momentos certos... no entanto, os detalhes certos, mas esperados... não deixam de ser amor... não deixam de fazer parte do amor... não deixam de fazer crescer o amor.

por Isabel Reis
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terça-feira, 20 de setembro de 2011

A "bolha"...


Estou exausta… exausta mesmo…
Tão exausta que chego a sonhar que estou numa bolha
Sim?! Numa bolha…
Numa bolha o silêncio impera… e reina a paz…
Numa bolha o mundo pára
Nem que seja por um momento
Já que o relógio deixa de contar o tempo…
Numa bolha posso sorrir… chorar… calar ou até sonhar…
Numa bolha posso ser o que quiser
Pelo tempo que me apetecer
Até porque o tempo deixa de correr…

Estou exausta… exausta mesmo…
Exausta de um mundo redondo… que de tão parvo que é
…chega a parecer quadrado
Um mundo cheio de coisas simples... que deviam ser sempre simples
Mas logo se tornam tão complexas…

Estou exausta… exausta mesmo…
Exausta de pessoas que valorizam coisas sem importância
Coisas mínimas das quais nem vale a pena estar a falar
Coisas que quando acontecem… se tornam logo passado e lá deveriam ficar…
Exausta de pessoas que não vêem as coisas grandes… só porque são “pequenas”
Aquelas coisas que poucos dão valor…
Aquelas muitas coisas pequenas… que marcam os muitos pequenos momentos
Aquelas que dão o verdadeiro sentido ao AMOR…

Estou exausta…
Exausta de um mundo que não pára p’ra “ver”
Que não pára p’ra “ser”...
Quero a “bolha”…
A “bolha” onde o relógio pára de contar o tempo
Onde deixo de estar exausta por um momento…


texto e foto por Isabel Reis
todos os direitos reservados

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Pensamentos da Lua

Em determinados momentos, todos precisamos que alguém nos “mostre” a vida pelos seus olhos… de tão “cegos” estamos com o que nos habituamos a ver com os nossos.


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

Desabafo teu...

Na dor dessa tua lágrima corrente

Corre a ausência de um sorriso que já foi…

contente

Nesse teu olhar salgado e perdido

Sinto as mágoas de um passado que confessas…

dorido

Na paz duma alma que se finalmente…

liberta

Encontro-me a mim e ao vazio que carrego... em parte incerta…




texto e foto por Isabel Reis
todos os direitos reservados

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Aos que amo...

Às pessoas com quem um dia "caminhei" eu digo... trago-vos no coração...
Àquelas com quem "caminho"... estou aqui...
E a todos aquelas com quem hei-de "caminhar" um dia... estou a caminho.


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Apeteces-me


Apeteces-me…
Em desejos demorados
Pelos nossos corpos aprisionados
Pelos nossos corpos suados…

Apeteces-me…
A ti… e a esse teu leito molhado
A ti… e a esse teu cheiro de suor cansado
A ti… e a esse teu gosto de amor suado…

Apeteces-me
Em beijos derretidos
Nesses segundos consumidos
Pelos nossos corpos sucumbidos…

Apeteces-me agora mesmo
Num amor arrebatado
Por um desejo desbravado
Num amor bem suado… ai que suado…



texto por Isabel Reis
foto por Filipe Carmo ( http://www.fcarmo.com)
todos os direitos reservados

quarta-feira, 6 de julho de 2011

"Visitas" inesperadas...

Um dia o Silêncio chega
Qual visita inesperada
Traz consigo o olhar vazio… distante…
…e uma dor dilacerante…

A Ausência decide aparecer também
Vem fazer-lhe companhia
De mãos frias e fugidias
Carrega bagagens cheias de nada
Arrasta um corpo inerte… cansado
Traz consigo um coração “adoentado”…

Quando nada mais há a fazer
O Fim decide aparecer
Acabar com a tormenta
Levar com ele a ausência…
…a frieza e a solidão
Arrancar a reles “doença”…
…de um “doente” coração…

texto por Isabel Reis (Cinderela das Histórias)
foto por Filipe Carmo (http://www.fcarmo.com)
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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Fome de ti...

Tenho fome…
…fome dessa tua ânsia por me encontrar…
…desse teu estar sem ficar…
…desse teu enlouquecer… até quando não estou p'ra chegar…

Tenho fome…
…fome das tuas mãos sempre que me procuram…
…ternas… doces… ansiosas… poderosas…
…fome desse teu corpo quente… incontrolável…
…que me desperta durante a noite… insaciável…

Tenho fome…
…fome do jeito que me deixas e me deixo levar…
…trôpega… sem saber o que dizer…
…fico louca… até o meu corpo se deixa render…
…tão louca, que até a minha mente se deixa levar…
…nesse teu jeito de me provocar…

Tenho fome…
…fome de ti…
…fome desse teu jeito de me sentir…
…desse teu jeito de me possuir…
…desse teu jeito de estar…
…fome desse teu jeito de m’ amar…

texto por Isabel Reis (www.pensamentos-da-lua.blogspot.com)
fotografia por António B.
todos os direitos reservados

terça-feira, 24 de maio de 2011

Cores das dores...

Nas lágrimas daquele arco-íris,
Vejo a dor que o faz chorar... a cada sombra reflectida...
Vejo a mágoa que o magoa... a cada lágrima que vai caindo…
Vejo aquilo que tanto esconde... a cada cor que vai despindo...

Nas lágrimas daquele arco-íris,
Encontro a tristeza da borboleta que esqueceu a liberdade…
Deixou-se fazer prisioneira nas garras de uma amarga saudade...
Já que nas flores em que pousava... via os sorrisos porque chorava...

Nas lágrimas daquele arco-íris
Encontro as cores das dores que já vão turvas...
As tuas... as minhas... as de um mundo que tem curvas… não é a direito...
As cores de quem é apenas um ser-humano imperfeito…
As cores das dores de gente que ama, ri, chora e sente…
As cores de gente que por muito que minta à vida… ela não lhe mente!


texto por Isabel Reis
foto por João Neves
todos os direitos reservados

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Pensamentos da Lua...

A verdadeira beleza de uma flor, está no facto de lhe ter apetecido ser flor... não porque alguém lhe exigiu que o fosse...



por Isabel Reis
todos os direitos reservados

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pensamentos da Lua

Na vontade de sorrir... descubro a vontade de sonhar... dou comigo a florir... dou comigo a "estrelar"...

por Isabel Reis
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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vim comigo...

Nunca estive sozinha… mesmo quando achei que sim…

Estive sempre comigo… tive-me sempre a mim…

Zanguei-me… ralhei-me… virei as costas a mim mesma…

…até birras fiz… e sim… amuei… porque eu também amuo…

…mas nem assim fiquei sozinha… nem assim me abandonei…



E nesta jornada de sol e chuva… raios e trovões ... descobri que…

Vim ao mundo comigo… pretendo partir dele… comigo também...

Até porque  antes de ter sido de alguém… já era minha… sempre fui minha…



Por isso…

…Sou minha... muito minha... antes de ser seja de quem for...

…sou minha para puder ser seja de quem for…

…verdade se diga…

…não saberei ser de mais ninguém se não souber ser minha…

Até porque… já estou comigo  desde o momento em que fui concebida…

Nunca ninguém conseguirá tanto…

Nunca ninguém chegará tão “dentro” de mim…



Resumindo e concluindo…

Amo-me desde o primeiro dia…  até porque nos intervalos em que não me amei…

...mais ninguém foi capaz de o fazer …

…daí que…

Vim comigo… e vim para ficar…

Vim comigo… e de mim ninguém me consegue arrancar...


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

domingo, 1 de maio de 2011

Enquanto...

Enquanto o céu desaba as suas mágoas... o mundo é nosso…
…e o momento…
…esse não precisa de palavras para ser mais do que é...
O silêncio já é tudo sem o pedirmos…

Enquanto o céu nos confessa as suas angústias entre raios e trovões…
Tentando à viva força que lhe prestemos atenção…
As horas vão “deslizando” entre nós e por nós… o tempo é nosso…
Como sempre foi… como sempre será…
Numa magia… naquela magia…
E a magia não foi feita p’ra se entender…

Enquanto o céu não se conforma e nos encurrala nas suas águas…
O nosso tempo que não tem pressa… “deita-se” nas águas do céu e…
…mata a saudade dos momentos sem pressa…
…troca olhares… troca sorrisos…
…doces beijos ou gargalhadas…
…troca tudo num só “silêncio”…
...tudo o que a vida nos impede de trocar…


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pensamentos da Lua...

A lua passa noite após noite rodeada de estrelas, mas o dono do seu coração é aquele que a faz brilhar... que a enche de luz...


por Isabel Reis
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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cúmplices



Cúmplices
A cada encontro desencontrado…
…e a saudade faz-se sentir.
Cúmplices
Num só olhar e o “calor” aumenta.
Cúmplices
Numa brincadeira não programada
…e o mundo vira uma gargalhada.
Cúmplices
Num suspirar e a paixão alastra.
Cúmplices
Num desejo espicaçado e o fogo cresce.
Cúmplices
A cada dia que “nascemos” juntos
…e os lençóis demoram a arrefecer.
Cúmplices
Seja no ir ou no ficar… mas cúmplices...
Cúmplices até no rezingar…
Cúmplices sem complicar…

texto por Isabel Reis
todos os direitos reservados

Monumental

Monumental
O tocar dessas tuas mãos em mim
A percorrerem-me
A sentirem-me
A descobrirem-me
E a dominarem-me…

Monumental
Esse momento onde numa só entrega
Nos dividimos
Nos multiplicamos
Nos subtraímos
Nos adicionamos
E devoramos…

Monumental
A noite escura onde nos perdemos
Onde nos envolvemos
Onde nos calamos
Onde nos fundimos
E viajamos…

Monumental… Monumental… Monumental…


texto por Isabel Reis
foto por António B. (http://www.antoniobphotografia.blogspot.com/)
todos os direitos reservados

Liberdade Florida...

Este mês comemora-se uma revolução que para muitos de nós como eu é uma recordação dos nossos pais que trazemos no coração guardada com o fervor com que nos contam a sua história, de como viveram a dita revolução sem sangue, onde estavam, o que faziam, o que sentiram… mas para outros, principalmente aqueles depois da minha geração, já não passa mesmo de uma história a juntar às muitas que o nosso país tem apesar de tão pequenino e da qual se fala na escola sempre que a data se aproxima.

A revolução dos cravos entre muitas coisas, veio por fim a uma era de censura onde a falta de liberdade reinava e tudo, mesmo tudo era controlado pelo governo, mas agora que nos aproximamos do seu aniversário eu pergunto-me, mas que tipo de liberdade temos nós agora, quando até para irmos de férias o melhor é irmos acompanhados senão é certo e sabido que a viagem sai mais cara, pois é, ser solteiro não compensa, tem que se pagar um extra por isso, como se já não bastassem os olhares de crítica por parte de todos aqueles que jogam no clube dos casados.

Mas eu pergunto-me e em questões mais sérias… Que tipo de liberdade temos nós agora, que sim, ao fim de muitos anos de luta já nos permite casar com alguém do mesmo sexo, mas no que diz respeito a ter filhos ainda não e no entanto a coisa que mais se vê são os casais ditos “normais” a terem filhos e a maltratarem-nos severamente muitas vezes só porque são crianças. Que tipo de liberdade temos nós agora, em que os políticos roubam, fogem à justiça, voltam, é-lhes permitido voltar a candidatar-se às eleições e até são reeleitos. Que tipo de liberdade é essa em que um governo corta nas comparticipações dos medicamentos e os reformados que trabalharam uma vida inteira e agora já mal se aguentam com a reforma que recebem tem que escolher entre viver ou sobreviver, aumenta os impostos em bens essenciais, mas no entanto os reduz em coisas tão básicas e necessárias como campos de golfe, anuncia que a crise está instalada e que se torna necessário a todos ajudar, mas conduzem carros de luxo suportados pelo dinheiro que tão avidamente nos vão buscar aos bolsos sem pedir.

Pois é, ser livre pelos vistos tem muitos inconvenientes na era em que nos encontramos… Quem sabe outra revolução não viesse a calhar… a dos cravos, a dos lírios, a das rosas… qualquer uma… mas uma que deitasse abaixo um governo que tão descaradamente nos vem deitando abaixo a nós.


por Isabel Reis
Crónica no Art'Anima Seixal
Boletim Mensal nº 3
Abril/ 2011
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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Loucuras a dois

Loucuras a dois

(silenciosamente)
Num reencontro de bocas saudosas
Retomam-se conversas inacabadas
As palavras dão-se húmidas e silenciosas
E as horas tornam-se nossas e prolongadas…

(perdidamente)
Embrulhados em momentos doces e salgados
Em loucuras de prazeres tão desejados
Envolvidos nesses beijos já de há muito tão sonhados
Por lábios que se mostram tudo menos cansados…

(embriagados)
No tanto de nós que fica por dizer
Mas nenhum dos dois tem urgência em saber
Pedimos somente ao tempo que não passe a correr
E à vida que não se lembre de nos esquecer…

(por fim)
Assim nos ficamos esquecidos
Entre lençóis já ressequidos
Após horas de suores estremecidos
Nada mais que dois corpos adormecidos…


texto por Isabel Reis
foto por António B. (www.antoniobphotografia.blogspot.com)
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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pensamentos da Lua...

Quando sentes que o vazio não se senta mais contigo naquele sofá cheio de gente, que não é ele quem sorri através de sorrisos mundanos e palavras vãs... aí sabes que chegou a hora de parar e começar a VIVER.


por Isabel Reis
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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Por vezes...


por vezes
tem noites em que nos entregamos à noite
outras há em que a noite se entrega a nós…

por vezes
tem momentos em que um momento resvala a luz
outras em que a luz resvala um momento por momentos…

por vezes
tem dias que mesmo sendo só uns dias nos acompanham uma vida inteira
e vidas inteiras que acabam esquecidas ao fim de só uns dias…

por vezes
tem sonhos que sonhamos sozinhos quando julgamos sonhar a dois
outros há que sonhamos a dois quando queremos sonhar sozinhos…

por vezes
tem receios que devíamos partilhar sem receio
e partilhas que não devíamos recear receber…

por vezes
tem pessoas que nos são mais quando “nos” são…
outras há que nos são mais quando “o” não são…


texto por Isabel Reis
foto por Rui Pedro Oliveira (http://gritosinsanos.blogspot.com/)
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quinta-feira, 31 de março de 2011

Pensamentos da Lua

Quando deixamos entrar a luz onde não existia mais que escuridão, fica dificil abrir os olhos, no entanto um dia habituamo-nos e não queremos outra coisa.


por Isabel Reis
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Pensamentos da Lua...

A noite encerra o mistério do sonho por descobrir...


por Isabel Reis
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quarta-feira, 30 de março de 2011

Pensamentos da lua...

Não é preciso bastante para se viver muito, mas é preciso é ser-se muito para se viver bastante...


por Isabel Reis
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domingo, 27 de março de 2011

Pensamentos da Lua...

Se de cada vez que cada um de nós resolver chamar à atenção os outros pelos seus defeitos, parar para pensar que defeitos poderão os outros ver em nós, muito provavelmente, calará a boca e aprenderá a tolerar melhor os defeitos dos outros... eu sei que o fiz.




por Isabel Reis
todos os direitos reservados

quinta-feira, 24 de março de 2011

Desejos Negados

Num fim de tarde ausente
De um dia de sol chuvoso
Vem o frio, sinto-me quente
Com o calor de um dia ventoso…

É o arrepio frio que me percorre
De tantos beijos por mim sonhados
É a seiva que deles escorre
Desses teus lábios a mim negados…

Viajo pelo mundo dos sonhos
Em frente a um mar calado
De um salto chego à lua
Encontro meus desejos negados...

És tu que me enlouqueces
Enquanto a noite vira dia
Tu que te apoderas do meu corpo
E de tudo o que ele vivia…

Ilusão maldita… cruel
Que me torturas com pensamentos
Que me fazes sentir na pele
Meus desejos… meus tormentos…

Não consigo viver assim
Com tamanha ansiedade
Quero arrancar-te de mim
A ti e à minha vontade…

Vontade… tremor… desejo…
Num corpo que sozinho delira
Desejos sufocados… em que só a ti vejo
Nas noites de solidão ausente
Perdida numa cama sem fim
Com uma só coisa em mente
Querer-te dentro de mim
Num momento chamado sempre…



por Isabel Reis
in "Confidências no colo da lua"
corpos editora/2009
todos os direitos reservados

Pensamentos da Lua

Vou-me "vestindo" da vida enquanto ela se vai "despindo" de mim.


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

terça-feira, 22 de março de 2011

Pensamentos da Lua

Quando for embora desta vida não levo tudo o que tenho, porque o que tenho não me faz falta, mas levo comigo a "minha" gente e deixo-me a mim com eles, porque sei que "sou" da "minha" gente também...


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

Pensamentos da Lua

Começa com um sorriso escondido... depois tenta quem sabe um mais seguro... que quando deres por ti... já sorris sem medo... já sorris quando o sol ainda nem sequer nasceu... já sorris ao acordar e para o mundo inteiro.


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

Pensamentos da Lua...

Quem sou está tão enraizado em mim, que por muito que me cortem e me façam sangrar... ninguém me arranca de mim mesma.


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

segunda-feira, 21 de março de 2011

Pensamentos da Lua

Se hoje não acertamos no passo da dança...
Podemos sempre acertar amanhã...
O importante é continuar a dançar...
O importante é continuar a sorrir...
O importante é continuar a sonhar...
...O importante é nunca desistir...
O importante é sempre continuar...



por Isabel Reis
todos os direitos reservados

Pensamentos da Lua

Existe sempre uma luz ao fundo do túnel... só precisamos de abrir o coração para a deixar entrar.


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

Pensamentos da Lua...

O coração é um daqueles lugares de espaço infinito... mas tem pessoas que conquistam um lugar cativo por tempo indefinido... por muito que a distância ou a vida se intreponham.



por Isabel Reis
todos os direitos reservados

Eternidade dos meus/teus segundos de vida...

Não os quero/dou de uma vez… num só fôlego
Quero/ dou-tos como quem dá beijos… cada um no seu momento…
…no seu espaço devido… no seu tempo sentido…
Quero o tudo que trazes em ti…
Esse tudo que trazes na “bagagem” da vida…
Cheio de boas e más experiências… as tuas…
Com bons ou maus defeitos… os teus…
…e eu amo-te assim no todo…
Não te sei amar de outro jeito…
Não te quero amar de outro jeito…

Em troca… em troca dou-te o que trago em mim
Aquela que apesar de tudo… ainda não fui capaz de confiar a ninguém
Os meus sorrisos… na sua verdadeira essência…
As minhas lágrimas… aquelas lágrimas sem defesas…
As minhas dores e alegrias… Os meus quereres e não quereres…
Os meus humores bons… mas também os maus…
O meu querer ficar quando estou feliz… e querer partir quando tenho medo…
Principalmente quando tenho medo…
Dou-te a luz e a escuridão…
A dualidade dos meus mundos
Em toda a sua imperfeição…
Onde sou capaz de ser feliz e infeliz num só tempo…

Basicamente é só isso que quero de ti…
O teu melhor e o teu pior… principalmente o teu pior…
Aquele mundo que guardas só para ti…
Não me dês o intermédio de ti…
Dá-me o tudo que és…
Dar-te-ei o tudo que sou…
Nem mais… nem menos…
Dá-me o tudo que te dou…
E eu dou-te beijos… Um de cada vez nos intervalos das gotas de chuva
A chuva que anseia pelo rio bravo que a espera impaciente…
E é só isso que quero…
A eternidade eterna de cada um dos meus/teus segundos de vida.


texto por Isabel Reis
todos os direitos reservados

sábado, 19 de março de 2011

Máscaras...

Invariavelmente todos usamos máscaras e não vale a pena dizer que não, tem situações em que se torna impossível não as usar… Mas até que ponto usamos máscaras? Quando sabemos se as devemos usar ou não? Quando podemos ser apenas nós?
Existem aqueles que já não sabem viver sem elas, que as usam tanto e de tal forma que deixam de saber quem são quando as tiram e se tornam perfeitos desconhecidos até para si mesmos… desconhecidos indefesos e perdidos, com medo de viver a vida… com medo de arriscar ser quem são verdadeiramente.
Em época carnavalesca as máscaras são praticamente obrigatórias, “ninguém leva a mal” e todos procuram a melhor, seja ela para provocar ou assustar não importa o intuito, o importante mesmo é dar asas à imaginação, à magia. Mas se em época de carnaval máscaras são sinónimos de alegria, no resto do ano já não se pode dizer o mesmo e o resultado é o que se vê ou melhor, o que não se vê…
Aqueles poucos de entre nós que não usam máscaras, são mais verdadeiros consigo mesmos e com o mundo é verdade, mas também sofrem muito mais, a sociedade é mesquinha e cruel, uma máquina trituradora que não perdoa quem se lhe atravessa no caminho… pura cobardia.
É claro que somos livres de dizer o que pensamos, fazer o que sentimos, dar asas ao que queremos, no entanto, as críticas/reacções são impiedosas e temos que estar preparados para seguir em frente sem nos deixarmos abalar. Queiramos ou não, a maior parte não tem a coragem de assumir o que quer ou amar quem quer e são esses mesmos os primeiros a espetar a “faca” naqueles que tem a coragem de o fazer, a cobardia é uma das grandes inimigas da verdade.
Vivemos numa sociedade em que viver sem máscara, é como ser um “fora-da-lei”… vivemos numa sociedade em que as máscaras saem à rua o ano todo, não só no carnaval...



por Isabel Reis
Crónica no Art'Anima Seixal
Boletim Mensal nº 2
Março/ 2011
todos os direitos reservados

Mês dos Gatos

Chegados a Fevereiro, o mais pequeno, no entanto o mais romântico e sensual dos meses do ano, mês dos gatos, como sempre lhe ouvi chamar, fica impossível esquecer a quadra em que estamos apesar do frio que se faz sentir.
Até para o mais esquecido fica difícil, somos lembrados constantemente, até nos correios nos tentam impingir a lotaria do “amor”. Para qualquer lado que se olhe só se “respira” (comercializa) amor e só se vêem corações vermelhos por todo lado mas já que temos datas para celebrar tudo e mais alguma coisa, mau era se não tivéssemos uma que celebrasse o amor, o romance, a paixão, acho muito bem… Viva o amor…
Ele é “Adoro-te” para cá, “Amo-te” para lá, enfim… tudo que é bonecadas, corações e ou outras coisas que tais, gravadas com as palavras célebres, a tentar convencer os corações apaixonados a surpreender as caras-metades numa data especial, com uma prenda especial… Eu sei que sou suspeita para falar de amor… falo de amor o ano inteiro… vivo e respiro amor, está entranhado em cada poro de mim mesma… sou a Cinderela das Histórias… sonho com o Príncipe encantado… enfim… mas o amor para mim é tudo menos comércio… o amor para mim é o sonho… é aquele que chega num acto dedicado, pensado, sentido, tudo menos calendarizado.

Por isso… Viva o amor e o romantismo, vamos lá celebrá-lo… devemos celebrá-lo… e neste caso concreto, celebremos o Dia dos Namorados… Mas será que nos devemos limitar às datas em particular? Isso é limitar o amor e o amor não tem limites, não pode ter limites, pelo menos não para quem ama. Claro, é giro surpreender alguém num dia especial, mas verdade se diga, a pessoa até já está à espera, se não o fizermos é que é mau, agora imaginem só, se a “vossa” pessoa fica nessa alegria toda num dia em que já espera qualquer coisa, como não ficará num dia que seja apenas um dia qualquer?! Num dia que não passa apenas de “mais um dia” no meio de tantos outros no meio do ano… em que se calhar vão passar o sábado a passear de carro, ou no centro comercial, cinema, quem sabe passar a tarde de domingo à beira-mar… enfim… algo calmo e sereno, mas as trivialidades normais de sempre… Aí sim vale a pena surpreender… o impacto da surpresa será muito, mas muito maior… confiem numa romântica.

Seja ele um fim-de-semana romântico ou apenas um ramo de flores ao sair do trabalho não importa, importa sim o tamanho do vosso carinho/empenho ao faze-lo, porque a “vossa” pessoa vai senti-lo e devolve-lo. Às vezes até uma simples carta de amor… Sim uma carta de amor, caíram em desuso com estas coisas das novas tecnologias e por isso mesmo se torna algo surpreendente, fascinante. É tão bom amar… mas não basta ser romântico pelo calendário, até porque o calendário não nos diz em que dia é que o amor nasce, apenas em que dia o devemos celebrar.
Por isso não basta o dia dos namorados, ou o aniversário de namoro ou de casados… a data de não sei de quê ou de não sei de quando… enfim… basta amar porque é segunda-feira, para tornar uma relação especial. Podemos comemorar o amor simplesmente porque nos apetece, afinal não é para isso que ele existe?! Para nos fazer sorrir, sonhar, viver e ajudar a ultrapassar aqueles maus momentos com mais garra, com mais força, com mais determinação? Amar é fazer alguém sorrir porque temos o coração a transbordar de amor… mas na hora que nos apetece… não porque alguém assim o determinou… na data que alguém o determinou.
Afinal, o amor é como uma fogueira, mas que precisa de “alimento” para a chama se manter acesa… digo eu…



por Isabel Reis
crónica no Art'Anima Seixal
Boletim Mensal nº 1
Fevereiro/2011
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segunda-feira, 14 de março de 2011

Entrelaçados

Entrelaçados
num olhar
num silêncio
numa entrega
na partilha…

Entrelaçados
num momento
de desejos
de arrepios
de loucuras…

Entrelaçados…
em ti
em mim
em nós
na vida
como tinha que ser…
…à medida…


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

sábado, 12 de março de 2011

Vestida de "nós"

Hoje levantei-me como sempre para mais um dia…
...e como em todos os dias…
A saudade levantou-se comigo para me atormentar…
Mas hoje levantei-me diferente… olhei a saudade nos olhos…
Decidi fazer-lhe frente… e resolvi que…

Hoje vou vestir-me de “nós”…
Vou vestir-me de “nós” hoje… amanhã e todos os dias…
…está decidido…
Vou vestir-me de “nós” até nos dias que estiveres comigo…
E nos que não estiveres… Nesses então vou vestir-me mais ainda…

Vou vestir as gargalhadas que são nossas e só nós sabemos dar…
Vou vestir o silêncio do abraço em que nos perdemos horas sem fim…
Vou vestir o brilho que trazemos e que se reconhece no olhar…
Vou vestir a ternura do beijo que trocamos do acordar ao deitar…
Vou vestir aquele doce sorriso que sorrimos ao sonhar…
Vou vestir o amor que amamos mesmo sem estar…

E assim vestida de “nós” a saudade pareceu sossegar…


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

quarta-feira, 2 de março de 2011

Sussurro das Estrelas

Esta noite enquanto me passeava nas estrelas
…dei por elas a sussurrar às escondidas…
…a esconderem um segredo entre sorrisos traquinas…
E eu saltava e pulava… sorria ternamente enquanto a noite me conduzia…
Enquanto percorria o infinito dos sonhos que me abraçavam docemente…
…e sonhava com os sonhos que me alimentam os dias…

Esta noite enquanto percorria o leito de estrelas
…onde sou borboleta que voa e dança livremente…
…onde brinco às escondidas com a lua e as estrelas…
…e me escondo na escuridão do firmamento…
…tentei ouvir o que as estrelas sussurravam entre si…

Esta noite antes que o dia me acordasse
Antes que o sonho se fosse…
E que o sol me encontrasse…
A lua sussurrou-me o segredo que as estrelas me escondiam…
O segredo pelo qual percorri uma noite sem fim…
E acordei a suspirar o teu nome para mim…


por Isabel Reis
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Danço

(porque me fazes dançar…e dançar…e dançar… então)



Danço cada dia esses dias num sonho dançante…

Danço em sonhos e sorrisos…

…aqueles nossos sonhos e sorrisos…

Danço nas danças que me prometes…

…que te prometo…

…nas danças que nos temos prometidas…

Danço em cada flor que me chama…

Danço em cada sorriso que me reclama…



(por isso danço… e danço… e danço…)



Danço em cada história…cada sorrir…

Em cada vez que não chego a partir

Em cada vez que te conheço…

No muito que ainda tenho por conhecer…

Danço ao som do relógio que marca o tempo que nos afasta…

Danço ao som do tempo que marca o relógio que não sentimos…

Danço…

Danço sonhos e gargalhadas…

Danço histórias ainda não dançadas…

Danço histórias ainda não sonhadas…

Danço lágrimas de amor ainda não choradas…

Danço histórias de amor ainda não contadas…



(mas por ti e contigo… danço… e danço… DANÇO…)



Danço ao som da música que nasce em mim

Danço ao som da música que me fazes sentir

Danço ao som das notas que sinto nascer…

Danço ao som das notas que me fazem viver…


por Isabel Reis
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domingo, 9 de janeiro de 2011

Urgência que te consome...

Traz contigo essa urgência que te consome…
…e encosta-te a mim…
Encosta esse teu corpo em brasa…
…que me arrasa…
Deixa-o desbravar os vales e montes…
Deixa-o percorrer os trilhos por descobrir…
Deixa-o sentir o vulcão prestes a explodir…

Traz contigo essa urgência que te consome…
…e consome-te comigo…
Deixa que a noite te guie pelo caminho sem retorno…
Deixa que te leve rio abaixo entre suor e paixão…
Deixa que te consuma no fogo da perdição…

Traz contigo essa urgência que te consome…
…e vem… não te retraias…
…não te deixes prender em amarras imaginárias…
…deixa que os sentires se cruzem…
…deixa que os quereres se toquem…
…não deixes que os desejos se sufoquem…


por Isabel Reis (Cinderela das Histórias)
todos os direitos reservados

Tomei-me de assalto...

(de repente)
Chegaste quando não queria…
…e toda eu me tomei de assalto…
…sufoquei a razão… aprisionei o coração…
…impedi-me de pensar…deixei-me levar…

(lentamente)
Chegaste-te a mim…
…e ao de leve deixei-me dominar…
… por esse teu jeito sem jeito…
…por esse olhar sem me olhar…

(infelizmente)
Deixei que o sentir m’ inebriasse…
…sem tão-pouco dar luta…
…num querer sem dever…
…numa tortuosa disputa…
…de gostar sem poder…

(eventualmente)
Tive que libertar a razão…
…esquecer o sentir…
…abafar o desejo…
…sufocar o coração…

por Isabel Reis
todos os direitos reservados

Migalhas de Amor...

Migalhas de amor vadio Amor frio… escorregadio… Migalhas de amor pequeno Amor cruel… amor veneno… Migalhas de amor corrido ...