sexta-feira, 5 de junho de 2009

Quatro paredes…

Entre quatro paredes tristes… velhas
Quatro paredes caladas… vividas
Quatro paredes escuras… fechadas
Ouço o silêncio do muito que aqui passou
Sinto a tristeza das quantas lágrimas já aqui nasceram
Sinto o amor por aqui passado
Odeio o ódio aqui calado…

São apenas quatro paredes… despidas… esquecidas…
É apenas o vazio de um espaço que aqui ficou
Mas o silêncio também se ouve… ele grita
Sinto o peso das vidas que por aqui já passaram
Elas doem… tanto… muito… é demasiado para mim…
Como pode um silêncio falar tanto… e tão alto
Como podem umas simples paredes despidas meter tanto medo…
Como pode o silêncio de um vazio encher-me o peito de tanta dor…
Como pode um espaço vazio encerrar tanto ódio… e tanto amor…
São apenas paredes despidas mas pintadas com a tinta das recordações
Paredes vazias decoradas com os quadros da vida
Um espaço vazio preenchido apenas com a dor e o amor das emoções…
Emoções aqui vividas, guardadas, sofridas, encerradas… esquecidas.
Nestas quatro paredes nuas, despidas… pelo tempo envelhecidas.

Por Isabel Reis

Migalhas de Amor...

Migalhas de amor vadio Amor frio… escorregadio… Migalhas de amor pequeno Amor cruel… amor veneno… Migalhas de amor corrido ...