"Retratos" do mundo, da alma, de sentimentos, que decidi captar em palavras. Espero que gostem, este blogue é apenas um complemento dos livros que publico... penso, vejo e sinto muito que não vem publicado em páginas de livros, mas que gosto de partilhar com quem gosta de receber. Beijos em todos que aqui passam e nos que não passam também... e como diz o outro... "Façam o favor de ser felizes" Isabel Reis
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Sou o que fui...
Sinto o passado rodear-me silenciosamente
Sinto o presente como se de um fantasma se tratasse
Sinto que o futuro se perdeu no caminho
Sinto que a minha vida se foi antes que a esperasse...
e com isso...
Vou-me sangrando em cada dor que não grito
Vou-me doendo em cada suspiro que contenho
Vou-me ficando em cada passo que recuo
Vou-me matando em cada sorriso que empenho...
e por isso...
Sou como parte de um eu que já foi
Sou como um ser que partiu sem chegar
Sou como alguém que chorou ao sorrir
Sou como fui antes de saber amar...
texto por Isabel Reis
foto por Filipe Carmo
todos os direitos reservados
Inverno do meu sentir...
Chuva salgada que me encharcas o sentir
Que percorres estas ruas escuras sem me olhar
Que molhas as valetas desertas onde vou ficando
Que inundas as tristezas onde me vou quebrando
Que matas as esperanças onde me vou segurando…
Inverno tempestuoso que chegaste sem avisar
Vais arrancando as flores que plantei durante o caminho
Vais tapando o sol enquanto ele tenta a toda força ficar
Vais escurecendo esse dia que ainda agora nasceu
Vais mortificando esta alma que tão prontamente se deu…
Inverno do meu ser que m’impedes de vibrar
Inverno do meu ser… que m’ impedes de sentir
Inverno… ai inverno… de que me adianta cá chegar
Senão tenho eu inverno… a liberdade de partir…
texto por Isabel Reis
todos os direitos reservados
Que percorres estas ruas escuras sem me olhar
Que molhas as valetas desertas onde vou ficando
Que inundas as tristezas onde me vou quebrando
Que matas as esperanças onde me vou segurando…
Inverno tempestuoso que chegaste sem avisar
Vais arrancando as flores que plantei durante o caminho
Vais tapando o sol enquanto ele tenta a toda força ficar
Vais escurecendo esse dia que ainda agora nasceu
Vais mortificando esta alma que tão prontamente se deu…
Inverno do meu ser que m’impedes de vibrar
Inverno do meu ser… que m’ impedes de sentir
Inverno… ai inverno… de que me adianta cá chegar
Senão tenho eu inverno… a liberdade de partir…
texto por Isabel Reis
todos os direitos reservados
EU... TU... NÓS...
Eu sempre fui um EU até te conhecer…
Era um EU feliz… mas desconhecido…
Era um EU presente… mas por resolver…
Era um EU amado… mas incompreendido…
Tu sempre foste TU até EU chegar…
Mas eras um TU por encontrar…
Eras um TU por aventurar…
Eras um TU por restaurar…
De EU a TU passamos a NÓS…
Para o mundo passamos a um VÓS…
Nessa existência que chegou no APÓS…
No APÓS onde o tempo nos abraçou…
No APÓS onde a vida nos encontrou…
No APÓS onde o amor nos “começou”…
texto e foto por Isabel Reis
todos os direitos reservados
Tempestade
Tempestade agreste que me dominas
Que me revolves as entranhas profundamente
Que nunca me deixas só na escuridão
Que me revoltas mas impedes de partir
Que me enches da raiva que não quero
Que me enches de força num só sentir
Numa dor que não quero digerir
Num desejo que não quero suprimir...
Tempestade que de longe te sinto escura
Tempestade que me trazes luz nesta vida dura…
texto e foto por Isabel Reis
todos os direitos reservados
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