terça-feira, 27 de julho de 2010

Esperança

Qual Cinderela encantada
Nos prados e montes a passear
De vestido florido… saia rodada
Espera ansiosa a donzela
Espera a sua chegada…
Olha o horizonte ao longe
Mas nem a sombra vislumbra
Suspira, vê o sol ao longe se guardar
Mas sorri e pensa
“Ele não tarda em chegar”…

Vai colhendo flores pelo caminho
Picando-se nos espinhos que não vê
Tropeçando nas pedras que não espera
Mas sorri e pensa
“Ele não tarda em chegar… e tudo vai passar”…

De cabelo esvoaçando ao vento
Passeando-lhe junto ao corpo
Relembra-lhe a saudade
De quem está para chegar
Rasga-se-lhe um sorriso no rosto
Sente um arrepio no ventre
Desce às pernas rouba-lhes a firmeza
Invade-lhe a alma o sentimento
Traz-lhe a sombra da incerteza
“Será que devo ou não esperar?”…
Vem-lhe então à lembrança
O voto solene de confiança
A promessa de voltar
“Não posso ter medo… vou ter que confiar”
“Nem que veja o sol se deitar e a lua se acordar”


por Isabel Reis
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