sábado, 22 de outubro de 2011

Corpo Presente...

Porque teimam as pessoas em continuar a dar valor ao que não tem valor algum?!
Porque teimam em continuar a esquecer a fragilidade da vida?! A capacidade incrível que tem de mudar numa fracção de segundos... Como agora estamos aqui, mas apenas a um passo de deixar de estar… como ao abraçar alguém que amamos, facilmente nos esquecemos de o abraçar com todo o amor que temos… nunca saberemos quando será o próximo abraço…

Porque teimam em esconder o que sentem sob máscaras de indiferença, julgando que assim estão a ser fortes?! Em vez de tomarem consciência que a coragem reside mesmo no assumirem aquilo que realmente sentem, o que realmente pensam...

No meio dessas máscaras e da tal suposta coragem, vão deixando passar os momentos quando o que mais querem é agarra-los… vêem as pessoas ir embora quando por dentro o coração grita e suplica que fiquem, vão embora quando o que mais querem é ficar… sorriem, quando tudo o querem… é baixar a guarda e chorar... “gelam” e distanciam-se quando tudo o que querem é dar largas aos sentidos e amar… E nesse “jogo” insano vão vendo a vida escorrer entre os dedos qual grãos de areia insípidos e porquê? P’ra quê? Vá-se lá saber, o ser humano de tão complexo chega a ser absurdo...

Dizem que “é arriscado, que podem sofrer… que nunca se sabe o que pode acontecer…” mas viver é um risco?! E arriscar é viver... quem não arrisca não sorri... não ama, não ri, não chora, não quebra, não cola, não vibra, não sente... quem não arrisca não chega a ser “gente”… não passa apenas de um corpo presente.

texto por Isabel Reis
foto por Pedro Sarmento
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